Data: 17-03-2014
Criterio: N/A
Avaliador: Luiz Santos
Revisor: Luiz Santos
Analista(s) de Dados: Roberta Hering
Analista(s) SIG: Marcelo, Thiago
Especialista(s): Leonardo Biral
Justificativa
Espécie endêmica da flora brasileira e restrita ao estado da Bahia (Groppo & Lombardi, 2009; Lombardi et al., 2013). Desenvolve-se no bioma Cerrado, em Campos Rupestres de altitude e margens arenosas de rios da Chapada Diamantina (Lombardi et al., 2013), entre 500 m e 1.850 m de altitude (Biral, com. pess.). Espécie bem representada em coleções botânicas e aparentemente comum em sua região de ocorrência (CNCFlora, 2013). Sua área de distribuição sofre desde tempos pretéritos com a mineração, porém recentemente esta atividade vem sendo substituída pela agricultura e pecuária (MMA/ICMBIO, 2007; IBGE, 2013). Entretanto, para implementação dessas atividades se faz necessário o manejo do solo, de forma que a frequência de incêndios de origem antrópica aumenta, trazendo consigo a invasão de espécies exóticas (Ganen & Viana, 2006). O controle e monitoramento das ameaças incidentes são necessários, a fim de evitar que o táxon configure como ameaçado em um futuro próximo.
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Monteverdia opaca (Reissek) Biral;
Família: Celastraceae
Sinônimos:
Descrita em Fl. Bras. (Martius) 11(1): 28. (IK). Espécie reconhecida por seus ramos glabros e angulosos; folhas geralmente obovadas com ápice emarginado e nervuras não evidentes; inflorescências em cimeiras com pedúnculos simples e aglomerado de flores subsésseis no ápice. O material-tipo refere-se a uma coleta de Blanchet (3778), no estado da Bahia, do ano de 1843 (Carvalho-Okano & Leitão-Filho, 1995).
Endêmica do Estado da Bahia, região da Chapada Diamantina (Groppo & Lombardi, 2009; Lombardi et al., 2013); encontrada entre 500 e 1.850 m de altitude (Biral, com. pess.).
Arbustos de 1-3 m de altura; encontrados em Campos Rupestres de altitude e Cerrado (latu senso) (Lombardi et al., 2013); restrita aos campos rupestres e margens arenosas de rios da Chapada Diamantina (Groppo & Lombardi, 2009).
Floresce de setembro a dezembro, frutificando em maio (Groppo & Lombardi, 2009).
3.2 Mining & quarrying
Incidência
regional
Severidade
very high
Detalhes
A região de Jacobina e Rio das Contas, na Chapada Diamantina, sofreu um processo histórico de exploração do ouro (séc. XVIII). A região dos rios Mucugê e Lençóis também foram exploradas com a descoberta de diamantes (meados do séc. XIV). O garimpo desses minérios foi responsável pela retirada da vegetação, desnudamento e a erosão do solo nessas regiões (IBGE, 2013).
2 Agriculture & aquaculture
Incidência
local
Severidade
very high
Detalhes
Com o declínio do garimpo, a agropecuária tornou-se a principal atividade econômica da região. A expansão dessas atividades intensificou o desmatamento das áreas de vegetação nativa, inclusive áreas dentro do Parque Nacional da Chapada Diamantina (MMA/ICMBIO, 2007; IBGE, 2013).
7.1.1 Increase in fire frequency/intensity
Incidência
regional
Severidade
high
Detalhes
Queimadas periódicas são registradas para a região da Chapada Diamantina (Ganen & Viana, 2006).
1.3 Tourism & recreation areas
Incidência
regional
Severidade
medium
Detalhes
Atualmente, Lençóis, Mucugê, Andaraí e Palmeiras, locais de ocorrência da espécie, são os principais pontos turísticos da região da Chapada Diamantina (Ganen & Viana, 2006).
- Lombardi, J.A.; Groppo, M.; Biral, L. 2013. Celastraceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. (http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB16750)
- Groppo, M.; Lombardi, J.A. 2009. Celastraceae. In :Plantas raras do Brasil (orgs) Giulietti, A.M.; Rapini, A.; Andrade, M.J.G. et al – Belo Horizonte, MG: Conservação Internacional. Co-editora: Universidade Estadual de Feira de Santana. 496 p.
- MMA/ICMBio. Plano de Manejo para o Parque Nacional da Chapada Diamantina – Versão Preliminar. Disponível em: <http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/imgs-unidades-coservacao/parna_chapada_diamantina.pdf>., 2007. Acessado em 03 setembro de 2013.
- IBGE-Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Cidades@ Chapada Diamantina Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/cidadesat/xtras/perfil.php?codmun=312160&search=minas-gerais|diamantina >Acessado em 24 de agosto de 2013
- Ganen, R.S.& Viana, M.B. 2006. História Ambiental do Parque Nacional da Chapada Diamantina/BA. Consultoria Legislativa.
CNCFlora. Maytenus opaca in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Maytenus opaca
>. Acesso em .
Última edição por Lucas Moulton em 20/11/2014 - 13:31:58